26.3.09

Liberdade e democracia

A liberdade pelos lados da esquerda sempre teve um carácter muito selectivo. A famosa liberdade de expressão, lembrada entre nós todos os anos lá para fins de Abril, é uma delas. Apesar de serem os primeiros a festejar a sua conquista de cravo em punho, alguns não conseguem disfarçar um convívio difícil com ela. Pior, só quando o incómodo se estende também à própria democracia e suas vicissitudes.

Ana Gomes, reconhecidamente uma mulher de muita fibra mas de pouca inteligência, provou-o neste post. Este Le Pen deputado europeu, contra quem Ana Gomes aponta baterias, não é mais do que um produto da democracia e as suas declarações idiotas resultado da existência da sempre desejável liberdade de expressão. Tem tanto direito como ela a dizer disparates – e nesse campo estão muito bem um para o outro. O que não me parece normal é que estes auto-proclamados arautos da liberdade e da democracia se regozijem pela tentativa de abafar a opinião livre de alguém democraticamente eleito. Pouca coerência e muita hipocrisia.

Post Tendencioso

Hoje, às 21:30 no Salão Nobre da Junta de Freguesia de Vermoim...
Apareçam! :)

La vie en rose (7)

Paz Vega. Alguém falou em união ibérica?

25.3.09

Discursos perigosos

Os sempre fáceis discursos com coelhinhos, empresas que não podem despedir porque têm lucro ou ajudas do Estado, de ganâncias e imoralidades e outras idiotices do género, não são graves apenas porque representam disparates saídos da boca daqueles a quem pedimos a seriedade própria de quem tem responsabilidades políticas. A influência que tais discursos – que promovem a vilanização do capitalismo e dos seus supostos representantes – na cabeça de pessoas que, por força da crise, se entregam com mais facilidade a situações de desespero, chega também ao ponto de levar a situações como esta. Lamentáveis. Ainda assim, deve andar muita gente contente por aí.

Emendar a mão

Depois das declarações do Papa Bento XVI em terras africanas sobre SIDA e preservativo terem causado reacções negativas um pouco por todo o lado, ao ponto de ter feito a Igreja Católica descer mais uns pontos na consideração de muitos portugueses, nada como uma notícia destas para que se possa restaurar alguma da credibilidade da instituição. Bem hajas, João Eleutério!

Sei que o Natal ainda vem longe, mas...

Sr. Sócrates, já que arranjou estes 40 mil estágios porreiros acha que, se tiver tempo depois da corridinha, podia também arranjar pró pessoal aquela cena dos 150 mil postos de trabalho, perdão, emprego? É que estamos desde 2005 à espera e até agora nada... só computadores.

24.3.09

O mito com pés de barro

Super Platini, o heroí da Europa do Futebol


Depois de deputados, de Ministros, de Primeiros Ministro, de Presidentes armarem-se em Robin dos Bosques, eis que chega no seu máximo esplendor Michel Platini, o paladino da virtude, defensor da dos valores de igualdade, guardião perpetuo da justiça, defender uma taxa "Robin dos Bosques" para os jogadores que ganham muito porque, na cabeça de Platini, os jogadores terem de pagar impostos aos países onde vivem não chega, a UEFA também tem de ter uma fatiazita do bolo para distribuir pelos "pequeninos"...bem hajas Platini!

O homem que mordeu o cão

Explicam os basics do jornalismo, através da metáfora do homem que morde o cão e do cão que morde o homem, a distinção entre o que é e o que não é uma notícia. Parece-me que é através dela que se pode explicar o destaque dado no site do Público a este acontecimento. A ser verdade, esta situação não deixa de ser lamentável, tendo em conta o exemplo civilizacional que Israel representa. Mas talvez também por isso, depois de ocorrerem variadíssimas situações similares promovidas por palestinianos, com destaque infinitamente inferior, a singularidade do acontecimento representará, por certo, para o jornal, e no devido contexto do conflito israelo-palestiniano, um homem que decide dar uma valente dentada num cão, no meio de uma recorrente sequência de dentadas de uma matilha de acontecimentos em sentido inverso. Pelo menos, espero que assim seja...

23.3.09

Camaradas camaradas, lutas à parte

Fiquei hoje seriamente impressionado com a divulgação desta iniciativa do PCP.

A adivinhar-se uma festa muito mais animada que a do Avante, o camarada Jerónimo prontificou-se a lançar a primeira anedota: a CGTP-IN não estará nem por sombras na organização, apoio, ajuda, solidariedade, dependência, vassalagem e "lamber de botas" desta hiper demonstração de força e vitalidade do PC!

Pois, é isso e acreditarmos que a Elisa Ferreira é independente à CMP...

Constatação

Defender a legalização das drogas num país em que apenas cinco deputados se opõem à imposição de um limite de sal no pão em nome da saúde pública é tarefa manifestamente complicada.

Principalmente para mim que gosto de ser coerente e não gosto de flutuar na minha argumentação. Ao contrário de certos partidos que, desde a primeira hora, se apresentam como defensores da legalização de drogas e cujos deputados se levantam no momento do “sim” ao pãozinho sem sal.

Desemprego sobe 17,7%

"Na evolução anual do desemprego, destaque, com o acréscimo mais elevado (mais 72 por cento), o grupo "operários e trabalhadores similares da indústria extractiva e construção civil". São ainda de assinalar, com aumentos de desemprego superiores a 30 por cento, os grupos "trabalhadores da metalurgia, metalomecânica e similares", "condutores de veículos e operadores de equipamentos pesados móveis" e "trabalhadores não qualificados das minas, construção civil e indústria transformadora".

Se toda esta mão-de-obra nacional ouvisse a senhora Manuela Ferreira Leite, como ela tanto deseja...

Que droga!

Porque também vi o programa Eixo do Mal...
Porque também, como Pedro Marques Lopes, sou a favor da legalização das drogas (e não apenas das leves)...
E porque é possível apontar dezenas (!) de argumentos a favor da legalização das mesmas...
Proponho aqui um "debate" que tente clarificar posições, inter e extra sem filtro.

(Aproveito para agradecer o convite que me foi dirigido para participar neste blog...)

22.3.09

Drogas: Friedman explica



Acabo de ouvir no programa Eixo do Mal, da SIC Notícias, pela voz de Pedro Marques Lopes, que por estes dias se completam 100 anos da ilegalização das drogas. Como ele, também eu defendo uma liberalização do seu consumo e venda. Mas se, para muitos, for um exagero pensar em legalizar todo o tipo de drogas, não o deveria ser falar, pelo menos, na legalização das ditas “drogas leves”. Novídeo acima, Friedman ajuda a explicar porquê.

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Ler também:
Legalize!
How to stop the drug wars

Reforços Sem Filtro

O Sem Filtro tem o prazer de apresentar mais dois reforços. Agora é a vez de darmos as boas-vindas ao João Dantas e ao Manuel Oliveira. E votos de bons posts.