7.3.09

Back to basics

Eis que o Ministério Público dá razão a Gonçalves Pereira na sua actuação na já mítica reunião do Conselho de Justiça da FPF na noite de 4 de Julho de 2008.
Aparentemente, uma procuradora da equipa liderada por Maria José Morgado contesta frontalmente as conclusões do parecer elaborado pelo Prof. Freitas do Amaral a pedido da Federação.
A posição do Ministério Público ataca directamente as conclusões da Justiça desportiva, embora tenha a certeza que esta não se vai "vergar" à decisão do Ministério Público (não tem obrigatoriedade de o fazer) mas torna as decisões no plano desportivo muito mais fracas, e claro, dá mais argumentos ao Boavista e a Pinto da Costa.

6.3.09

Será uma epidemia no mundo do dirigismo desportivo???


Pois, parece que outro se junta ao clube. Depois de Pinto da Costa, Manuel Vilarinho também acusado de dar uns "tapinhas" na sua cara metade, também ela ex-dançarina exótica, mas neste caso vinda da terra do nosso povo irmão! Isto parece aquela mítica telenovela da Globo "A Próxima Vítima" (bons tempos!!!) em que não se sabe quem será o próximo...não perca o próximo episódio, porque nós também não!

5.3.09

Debate? Isso sim!

Apesar não fazer muito bem à saúde – Estado todo-poderoso, quando pões limite à ingestão de gorduras? – gosto muito de comer batatas fritas. De vez em quando, sabem-me bem umas batatinhas assadas. Mas, por outro lado, de batatas cozidas não gosto nem do cheiro! Disto se conclui que se me perguntarem se gosto de comer batatas não posso dizer simplesmente sim ou não.

Como a batata, a regionalização também pode dar em muita coisa diferente. Pode ser positiva, negativa, irrelevante, catastrófica... Por isso, começar a arregimentar forças por um "sim" e um "não" a uma coisa que (espero) ainda não está definida – algo que só deve, desejavelmente, acontecer depois de um amplo debate – parece-me precipitado.

Nesta fase, mais importante do que perguntar se sim ou não à regionalização, é perguntar pelo debate. Esse, ninguém parece estar disposto a fazer de forma séria e sem preconceitos, dando cobertura à ideia da inevitabilidade de uma espécie de regionalização feita para satisfazer os anseios de mais lugares do poder político e os caprichos etnocêntricos de algumas elites bairristas.

4.3.09

Onde anda o velho B.A. quando precisamos dele?

Um vídeo Sem Filtro.

3.3.09

La vie en rose (4)

Marion Cotillard. Le soleil brille à plein feu/Mais je ne vois que tes yeux.

2.3.09

Guiné Bissau, um Estado abandonado

Há até quem diga um Estado falhado. Custa-me muito considerar Estados falhados.
No entanto, as condições geográficas, económicas, políticas e militares e a sua história recente são um autentico case study de como um Estado falha redondamente. No entanto, o grande problema da Guiné Bissau é muito fácil de se encontrar: são as suas forças armadas. Não restam dúvidas que as Forças Armadas Guineenses tem, ao longo dos últimos 30 e poucos anos, sido o centro da instabilidade política que o país sempre teve.
Claro que o facto de ser um país de difícil acesso, de solos pouco ricos, de ser um país de narcotráfico, de não ter instituições preparadas, de não ter infraestruturas afectam muito a sua estabilidade. No entanto, as forças armadas, que nunca tiveram uma transição para o modelo democrático, o que fez com que ficassem em regime de "permanente estado de guerra", passando a expressão.
A meu ver, neste momento a situação da Guiné Bissau, está nas mãos da Comunidade Internacional que tem de decidir se acredita num Estado viável ou se deixa cair a Guiné. As coisas tem de correr dentro dos trâmites legais, o presidente da Assembleia Nacional é o novo Presidente da República e deve convocar eleições nos próximos 60 dias. O governo é legítimo, foi eleito através dos procedimentos legais, mas isto não chega para aguentar a Guiné.
A União Africana e a CPLP tem de ter um papel interventivo criando uma rede de protecção a volta da Guiné de modo a conseguir criar as instituições e estruturas suficientes para o Estado ser viável, a começar pelo narcotráfico e pela "democratização" e "apaziguamento" das forças armadas.

Highlights dos casamentos homossexuais no Prós e Contras

Uma vez que o tópico já foi lançado no Sem Filtro, permitam-me que também revele a minha posição: sou contra o casamento civil dos homossexuais nos mesmos termos do casamento civil heterossexual.

 Compilei algumas das tiradas que mais me chamaram a atenção no debate:

 O defender-se o casamento de pessoas do mesmo sexo ou o defender-se o casamento tal como ele existe, é uma posição política e tanto uma como a outra são posições perfeitamente respeitáveis.  por Eduardo Nogueira Pinto

 Será legítimo que uma pessoa possa casar com seu próprio filho, casamento de incesto? Eu digo que não. É um limite à sua liberdade! Será ou deve ser legítimo o casamento poligâmico? Eu digo que não. Quer dizer, de facto, há limites reais que são postos nas nossas opções por Padre António Vaz Pinto

 Se os homossexuais só se sentem dignos através do casamento, é triste isso, porque não precisam verdadeiramente de uma instituição que não lhes serve, que não foi criada para eles, pensada para eles, não precisam verdadeiramente de perverter na sua essência um conceito, para ter dignidade. por Nuno Salter Cid 

Para se saber o que é o casamento, não é só ler o código-civil. Temos de ver a função social. por Vaz Patto

 Finalmente,

 “Se isto é uma questão de igualdade, então não estamos a falar de casamento só, estamos a falar dos direitos que a possibilidade de casar trazem, e por tanto estamos a falar, como é óbvio, de adopção por Rui Castro.

Espero assim contribuir para o debate!

1.3.09

Congressos partidários

São todos, ou quase todos, um one man show. Temos o congresso do CDS que foi um fim de semana nas Caldas para bater palmas a Paulo Portas, já vencedor das directas; o congresso do PS este fim de semana tal e qual; os congressos, perdão, convenções do BE já estão minadas por Francisco Louçã à partidas, um dos líderes políticos há mais tempo em poder; os do PCP são uma questão demasiado estranha sequer para compreender.
Claro que sempre há uma coisa ou outra que nos faz especular nos congressos, pequenos pontos na ordens de trabalho que tem alguma "piada", no entanto são pequenas amostras do que os congressos deviam e poderiam ser.
Podem todos achar muita piada às directas dentro dos partidos, mas aqueles congressos de antigamente (pouco distante) em que um candidato entrava líder e saia derrotado, esses eram os dias...

E o futebol joga-se com as mãos, não é?

Em mais ou menos 15 minutos, na RTP N, ouvi o vereador comunista da CM Porto, Rui Sá, acusar várias vezes o PS de ser um partido de direita e de por em prática politicas neo-liberais. É um mito que se tem disseminado e que já chateia, nomeadamente quando é levado a este extremo. É como dizer que o futebol se joga com as mãos ou que o Natal é em Julho e acreditar nisso. Mas, neste caso, não deixa de ter alguma piada. Afinal, se há coisa pela qual Rui Sá ficou conhecido, foi por ter viabilizado um governo autárquico de direita. Temos comuna! De esquerda, certo?