4.5.09

A urgência de uma atitude liberal no Portugal de hoje

Rodrigo Adão da Fonseca, n'O Insurgente:
Uma atitude liberal, de exigência e desconfiança no sistema estatal, que despreza a capacidade dos indivíduos e das redes construídas longe do sistema burocrático, faz hoje mais sentido do que nunca; uma atitude liberal, que denuncie as teias de interesses que se movem em redor do Estado, o desperdício, o compadrio travestido de “Bem Comum”, a oneração irreversível das gerações futuras, é essa a forma de estar que melhor serve os cidadãos comuns, em particular, os mais jovens, menos comprometidos e mais prejudicados com o actual estado das coisas.

O mundo divide-se hoje entre os que procuram pelos seus meios, o seu espaço, e os que esperam, de mão estendida, aquilo que o sistema burocrático tem para lhes dar. A dicotomia política faz-se hoje entre os que permanecem fiéis às raízes liberais, de confiança no indivíduo, na sua capacidade e criatividade, e defendem a sua autonomia e a sua esfera de direitos, e os que projectam no Estado as suas aspirações, limitando na teia legal-burocrática o seu raio de acção. Portugal assiste impávido e crédulo à escalada galopante do Estatismo e à captura de recursos pelas cliques que o rodeiam; a factura a pagar, se persistirmos neste caminho, vai ser elevadíssima, em particular a dos mais jovens e dos mais pobres.

Sem comentários: