Um pouco por todo o lado, e nisso não somos excepção, os males da crise têm sido imputados a uma coisa chamada neoliberalismo. Imaginando eu que tal palavrão serve para dizer liberalismo – mas com prefixo assassino de tanta raiva mal contida – a conclusão a que chego é que devo andar a ouvir notícias diferentes. E, mais preocupante, que tenho estado a viver num país diferente.
Em Portugal têm sido postas em prática, em 34 anos de democracia, num regime sustentado por uma Constituição escrita com a mão esquerda, sucessivas políticas socialistas/sociais-democratas. O espectro ideológico da esquerda já foi percorrido de uma ponta à outra na hora de inventar soluções para combater situações reais de crise. Soluções a que se possa atribuir um carácter liberal? Nem vê-las. É por isso que, a bem das convenções da lógica, se há espécie que não tem legitimidade para avançar com soluções para combater a crise, da qual até é indicado como responsável, é certamente o terrível liberal. Pois, claro.
Em Portugal têm sido postas em prática, em 34 anos de democracia, num regime sustentado por uma Constituição escrita com a mão esquerda, sucessivas políticas socialistas/sociais-democratas. O espectro ideológico da esquerda já foi percorrido de uma ponta à outra na hora de inventar soluções para combater situações reais de crise. Soluções a que se possa atribuir um carácter liberal? Nem vê-las. É por isso que, a bem das convenções da lógica, se há espécie que não tem legitimidade para avançar com soluções para combater a crise, da qual até é indicado como responsável, é certamente o terrível liberal. Pois, claro.
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