21.2.09

Banda sonora para o fim-de-semana


Carla Bruni - L'amour

20.2.09

Daquelas que eu gosto muito...

Os bispos dizem que o prolongamento da homossexualidade "pela idade jovem e adulta denota a existência de problemas de identidade pessoal". No entanto "rejeitam todas as formas de discriminação ou marginalização das pessoas homossexuais"!!!

Dúvida do dia*

Como é que, durante anos, o Banco de Portugal não detectou aquilo que uma auditoria descobriu em apenas seis horas?

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*Dúvida de Meira Fernandes, hoje na Comissão Parlamentar sobre o BPN.

Porto sentido

Tenho a infelicidade de votar num concelho onde as eleições autárquicas não conseguem despertar grande interesse. Não só porque, há anos, o poder se encontra na posse dos mesmos, mais lugar menos lugar, mais cunha menos cunha, mas principalmente pela mediocridade dos actores e da discussão política. Numa cidade de branda gente, uma meia dúzia de cartazes e uns quantos cortes de fita em inaugurações variadas, com especial atenção às rotundas – um must na praxis de qualquer autarca português – dão um pouco de colorido a uma cidade que os partidos pintam, politicamente, de cinzento.
Por isso prefiro acompanhar disputas eleitorais a sério. Apesar da curiosidade em relação ao desfecho lisboeta, confesso que é no Porto que concentro o meu maior interesse. Perante aquele que considero ser o melhor exemplo de liderança autárquica do país, apresenta-se uma candidata que, à falta de argumentos palpáveis, traz consigo uma vaga de apoio e de esperança que só a pode deixar animada. Embora ache que, para quem arruma um Fernando Gomes abençoado pelo Pintinho, ganhar a Elisa Ferreira é como limpar o rabinho a meninos, estou curioso para ver o que vai dar esta disputa.

19.2.09

Educação sexual nas escolas

Antes de mais, e como sinal de partida da minha participação no Sem Filtro, quero agradecer o convite que me fizeram para ser co-autor do blogue e partilhar o espaço com tão simpática companhia. Vou começar a minha participação com um tema que está por estes dias em discussão no Parlamento: a inclusão obrigatória da educação sexual nas escolas.

Sinceramente, apesar de não conhecer em que moldes será leccionada, não percebo a utilidade da disciplina de educação sexual nas escolas. Se fosse através de seminários de participação opcional, como na faculdade, ainda entendia; mas como uma disciplina a englobar um leque de muitas outras não vejo a sua utilidade. Parece-me útil que se disponibilize o máximo de informação possível aos jovens sobre todas as temáticas que envolvam a sexualidade no estrito âmbito da saúde sexual e da prevenção de comportamentos de risco – perspectiva utilitária. Acho que alguns seminários sobre o tema seriam adequados; caso contrário, o que me parece é que o Estado quer alargar o seu âmbito de actuação: quer “mandar” no mais íntimo e pessoal do ser humano. No meu tempo de estudante do ensino básico – tempo distante! - existia o projecto área escola (em boa verdade não se fazia nada!) que era suposto ser uma “área curricular não disciplinar”. Porque não aproveitar este enquadramento, se é que ainda existe, para fornecer informação aos jovens aos mais variados níveis? A educação sexual seria uma das temáticas entre muitas outras. Isto iria, inclusive, permitir recorrer a formadores externos em certas matérias mais específicas com poupança de recursos de tempo. A escola serve, essencialmente, para fornecer saber disciplinar aos estudantes. Tudo o que vá além disso, regra geral, dá asneira. E o problema da escola pública nos últimos tempos é, a meu ver, essa intenção de transformar a escola numa espécie de substituição da família. Exige-se aos professores que sejam encarregados de educação, o que, como é óbvio, por um lado, não transforma os professores em encarregados de educação, e por outro, fá-los piores professores.

As minhas dúvidas em relação à educação sexual nas escolas não têm nada que ver com conservadorismo moral, muito pelo contrário. O que eu não quero é que o Estado venha com a sua moral para cima dos cidadãos.

TSU e Salário Mínimo

Só o governo socialista para perceber com tamanho atraso que as penalizações na Taxa Social Única na contratação a prazo e a recibos verdes impostas no novo Código do Trabalho teriam efeitos ao nível do desemprego. Contaminados por uma espécie de fobia em contratar, devido à grande rigidez laboral portuguesa, os empresários vêm no chamado trabalho precário – para lá dos casos de notório abuso – uma saída para acautelar consequências futuras das contratações. Mais do que nunca, em tempo de crise, um emprego dito precário deve ser encarado como sendo melhor do que emprego nenhum. Os trabalhadores e empregadores sabem disso e, felizmente, o governo parece agora começar a perceber. Desincentivar a contratação, ainda que nestes termos, é incentivar o desemprego.

No entanto, muito provavelmente, ninguém conduzirá este raciocínio até ao aumento do salário mínimo recentemente anunciado, que terá efeitos semelhantes no mesmo tipo de contratos. Se um aumento de 25 € parece não ser muito, pode ser a diferença que vai entre a renovação de contratos a prazo ou a pura e simples dispensa de trabalhadores. Ou seja, em vez de se ganhar mais algum dinheiro, há gente que passa a não ganhar nenhum.

Exemplo de persistencia - nunca devemos desistir

Sobre Maria José Morgado no Mário Crespo Entrevista (2 de 2)

“Mas o que eu acho mal, é que o jornalismo não faça as suas investigações autonomamente, e que se esteja a criar um clima, que já vem de trás, de um certo parasitismo mediático da investigação criminal. Isso é mau para o jornalismo e é explosivo para a investigação criminal”

Lembro-me de no Brasil haver políticos denunciados por câmaras ocultas de jornalistas que se faziam passar por pessoas que testavam a transparência dos serviços/cargos públicos e das pessoas que estão à frente deles.

Em Portugal, com toda a sinceridade, o único trabalho jornalístico periódico de investigação criminal, de que tenho conhecimento, é uma rubrica na TVI, no programa Você na TV de um jornalista chamado Hernâni Carvalho.

É estranho não haver programas nem trabalhos que denunciem crimes mas haver tantos profissionais do jornalismo sedentos por publicar sem grande esforço detalhes de crimes.

Conforme diz José Gil, no seu livro Portugal Hoje, O Medo de existir, o espaço em público em Portugal resume-se aos media, são eles que determinam a dimensão pública das coisas.

O jornalismo em Portugal está atalhar caminho, a pendurar-se na alçada da justiça para obter capas e notícias de abertura verdadeiramente bombásticas que muitas vezes se resumem a fogo de vista.

Isto é perfeitamente perceptível se olharmos em retrospectiva e verificarmos a forma como o tempo de antena e o foco saltitam de mediatismo em mediatismo: Casa Pia, Maddie, BCP, BPN, Freeport, esquecendo por completo o caso anterior a cada novo caso.

18.2.09

Mais-Valias

Faz já bastante tempo que venho defendendo o fim da tributação das mais valias resultantes da venda de acções. E, correndo o risco de causar alguma admiração aos mais conservadores, é exactamente isso que venho aqui propor (em bom rigor, não se trata de fazer vingar uma posição pessoal, mas sim, lançar o debate e a discussão sobre este tema).
Uns advogam que essa tributação é justa, na medida em que os lucros (quando existam) são fruto da sorte. Argumentam, ainda, que o sujeito passivo pouco ou nada fez para alcançar a mais-valia (lei do menor esforço) e que, por isso mesmo, deve ser tributado. Outros, mais radicais, com o intuito claro de “condenar” quem consegue ganhar dinheiro, entendem que a taxa a aplicar devia ser superior (à volta dos 40%, se não me engano). Visando, segundo estes, a justiça social.
Tenho como certo, que jogar na bolsa, e ganhar, não é uma questão de sorte. Aliás, a julgar pelos livros editados sobre este tema, parece-me evidente toda uma ciência que envolve este jogo. Assim, prefiro ver sobre a perspectiva do risco, isto é, o investidor, quando aplica o seu dinheiro, assume um risco – pode ganhar, é um facto, mas, também pode perder. Ora, faz sentido, sabendo que existe essa incerteza, tributar os ganhos obtidos? A meu ver, não.
Obviamente, até por coerência de ideias, também defendo a extinção do reporte das menos – valias.

Está aberto o debate…

Ainda nem tinha ido já estou de volta

"A notícia da minha morte foi um exagero"
Mark Twain em telegrama à Associated Press

Depois de um breve afastamento, estou de volta. Alegria de alguns, desespero de outros... A verdade é que vão contar comigo para partir alguma louça!

Twitter também dá barulho na politica!

E assim se faz politica no parlamento via TWITTER!
Um comentário feito pelo deputado Pedro Duarte que rapidamente se tornou um topico amplamente comentado pelos twitters.

Vindo Pedro Duarte dizer posteriormente que lhe tinham entrado na conta do twitter.

Pergunto se não existia desculpa melhor? Ou não devíamos todos assumir o que escrevemos!?

Tentei mais tarde encontrar o twitter deste deputado não consegui... será que se desligou?

Se alguém descobrir. Please give me the LINK!

Sonho um dia ter o twitter de todos os deputados, é como ler os seus pensamentos!

E fiquem com o celebre comentário: "Aquela jurista foi um erro de casting. Não sei, nem quero saber a sua orientação, mas falta-lhe homem"

Palavras para quê? É um deputado e Português!

17.2.09

La vie en rose (2)

Salma Hayek. O que é Hayek é bom.

Sobre Maria José Morgado no Mário Crespo Entrevista (1 de 2)

“Quantos políticos portugueses fomentam uma atitude de intransigência em relação à corrupção? Contam-se pelos dedos de uma mão.”

 Inauguro a minha participação neste espaço com uma questão que me apetece colocar e com uma resposta que me desencoraja a isso. De facto, que melhor ponto de partida para falar de política do que estado dela? Não é isso que fazemos quando olhamos para algo de que nos compete falar?

 Esta intransigência face à corrupção manifesta-se pela denúncia e repúdio por qualquer envolvimento. Só denunciando se consegue criar uma sociedade crente na transparência.

 Se os políticos, enquanto classe, calam as práticas comuns de corrupção, transformam o ambiente político numa câmara de segredos na qual todos consentem a corrupção uns aos outros sob um pacto de silêncio cujo preço é nenhum deles denunciar, o que pensar do futuro deste país. O silêncio é e sempre será dúbio.

 Mais, quando se supõem teorias de conspiração que afirmam que o mediatismo de alguns casos servem mais os interesses do pacto de silêncio entre corruptos de diferentes facções, do que propriamente o apuramento da verdade, o que pensar do futuro deste país.

 Não há interesse em discutir casos particulares de eventuais escândalos partidários ou governamentais, se a pessoa que vier a seguir invista e se dedique à mesma actividade corrupta porventura com outra estética, mas igualmente pútrida.

 Estaremos a moer carne, a triturar pessoas que fazem parte de um sistema que não se corrige, num viveiro de gente que se acha mais esperta do que os outros e que cultiva a corrupção como alimento do poder.

Senhor Primeiro - Ministro, os eleitores não são parvos…

José Sócrates, mérito lhe seja reconhecido, é um humorista nato. O nosso Primeiro – Ministro não só tem uma especial vocação para o Marketing político, como, pasmem-se, ainda se dedica a essa arte tão nobre que é a comédia. Hoje considerou que a taxa média de desemprego de 7,6 por cento em 2008 tem de ser considerada como um número animador". Podia escrever dezenas de linhas sobre esta percentagem (que de animador tem muito pouco), mas, contas feitas, seria mais do mesmo, ou seja, estaria a “bater no ceguinho”. E, confesso, para o caso, não é o que mais me preocupa. O que realmente me deixa apreensivo é Sócrates afirmar Certamente nos dá ainda uma razão suplementar para continuar aquilo que devemos fazer: mais investimento público e mais oportunidades de emprego”. Bem sei que estamos em época eleitoral (informalmente, claro!), mas, mesmo assim, há limites. E querer transformar o Estado no motor da Economia é um desses limites. Com a agravante que tudo não passa de uma grande mentira (como se recordarão da promessa dos 150.000 postos de emprego). Ao Estado não compete criar emprego. Deve, isso sim, promover condições para que a iniciativa privada se encarregue dessa tarefa.

Reforços Sem Filtro

Os reforços continuam a chegar ao Sem Filtro. E desta vez temos a oportunidade de dar as boas-vindas a três novos autores: o Bruno Ferreira (BRMF), o Marcelo Melo e o Filipe Ramos.

Madeirense jobs for madeirense workers

Esta é a nova medida de Alberto João Jardim. O Presidente do Governo Regional da Madeira raramente desilude quem quer ver show off e populismo em Portugal. Segundo a nova directiva do Governo da Madeira, as empresas só podem contratar 20 trabalhadores extra comunitários e só podem ser preenchidos por cidadãos extra UE se não houver candidatos portugueses e comunitários. Cheira-me que os comunitários só entram nas contas porque era demasiado óbvio barrar a todos os não portugueses trabalho, no entanto a medida não deixa de ser anti-constitucional. Desde que os cidadãos extra UE estejam legalmente em Portugal, não se pode barrar emprego ou colocar quotas. Segundo Alberto João, as obras na ilha já não são as mesma do ano 2000, portanto o governo tem que proteger os madeirenses…

A xenofobia e o racismo de Alberto João não é nada de novo, basta lembrar o episódio dos chineses e indianos que Alberto João protagonizou aqui há uns anos contra esta etnia. No entanto, Alberto João não para de surpreender com a quantidade de racismo e de baboseiras que lhe saem da boca.

16.2.09

Menos Estado, mais uma vez

Há pouco tempo, enviaram-me este texto escrito por Mário Crespo, bastante conhecido.
Apesar de concordar, em certos pontos, com ele, gostava de vos deixar com a resposta que dei ao mail, ao vosso critério.

Também podemos imaginar que todas estas empresas públicas eram privatizadas, com liberdade de concorrência do mercado.

1. Os custos absurdos deixariam de ser suportados pelos contribuintes.
2. Permitiria uma redução substancial nos impostos.
3. O custo dos produtos agora oferecidos por empresas públicas (ex: electricidade), por força do mercado, tenderia a reduzir.
4. Os lucros das empresas seriam ou para reinvestir e modernizar perante a concorrência, benefeciando, assim o consumidor, ou seriam distribuidos pelos accionistas, que os iriam utilizar nos seus gastos privados, dinamizando o processo económico
5. Por último, os accionistas não tolerariam ter gestores que entrassem por "cunha" com salários milionários, mas sim exigiriam os melhores gestores, estando dispostos a pagar o necessário, sendo isso perfeitamente justo...

Medicina no privado

Parece que faltam médicos em Portugal. A ministra Ana Jorge anunciou que o ministério a que preside está a estudar uma forma de recolocar médicos reformados, com menos de 70 anos, no activo. Mas porque não tentar resolver o problema deitando mão a uma faixa etária mais baixa? Porque não acabar com as idiotas barreiras à formação de médicos promovidas pela Ordem dos Médicos com total conivência do Ministério da Saúde? Ele é “numerus clausus” apertados, médias de entrada elevadas e inibição da oferta privada de cursos de medicina. Tudo obstáculos mais do que evidentes.

A questão da falta de oferta privada de cursos de medicina parece-me particularmente relevante, e sofre em Portugal de um tabu preocupante e um preconceito inaceitável. Afinal, o que se perderia em ter oferta de cursos privados que, naturalmente, se comprometessem com os requisitos mínimos exigidos aos públicos, e que funcionassem nos mesmos moldes que as outras instituições privadas? Nada.

E, mais do que ser uma arma contra a dita falta de médicos ou para esbater o mesquinho sentimento corporativista que assola a área, a possibilidade de abertura de cursos de medicina no privado configura uma simples questão de lógica, uma vez que na área da saúde existe oferta privada para lá do SNS, e em termos universitários, a generalidade dos cursos vive bem com a concorrência entre instituições públicas e privadas.

Na Net... (2)






















Um dos blogs mais divertidos que conheço...
Não Tens Piada

Vaya al carajo democracia de mierda

54% de venezuelanos deram a vitória no referendo a Hugo Chávez. Deram, portanto, àquele a quem vários casos de despotismo agudo perseguem e uma tendência natural para assumir a pele de ditador se mantém agarrada, uma hipótese de se perpetuar no governo, como convém a alguém com as coordenadas pessoais que ele apresenta. Fizeram tudo isso através de um instrumento democrático – para muitos o mais democrático de todos. Curiosa democracia esta que ensaia assim uma assinatura para a própria sentença de morte. Venezuelanos, agora aguentem!

15.2.09

Campanhas Negras…

José Sócrates vê levantadas suspeitas em seu nome e da sua família no caso freeport. “É pá como é que vou explicar isto aos Portugueses”
- CAMPANHA NEGRA, UMA CABALA DA DIREITA!

Dias Loureiro mentiu na comissão de inquérito sobre o BPN e SLN. Afirmando o Expresso com documentos que tem na sua posse, comparando com as suas primeiras declarações.
“Como é que eu vou sair desta? Sou um conselheiro de estado…”
- CAMPANHA NEGRA, UMA CABALA DO EXPRESSO POR EU TER PARTICIPADO EM NEGÓCIOS DO SEMANÁRIO SOL!

Hummmm…

Parece que quando existe alguma coisa difícil de explicar, o exemplo destes ilustres será este.

Quando tiver em algum exame, em que a questão seja complicada para explicar… Acho que irei optar por:
- Esta pergunta faz parte de uma campanha negra para evitar que eu tire uma boa nota. Já me deparei com esta cabala em outros e cada vez suspeito mais disso.

Acham que assim me safo?

Dúvida do dia

José Sócrates foi reeleito secretário-geral do PS com 96,4% dos votos. Ou seja, 736 militantes não votaram no grande líder. Apesar de esses votos terem sido em branco, será um número suficiente para que falemos em “campanha negra”?

Mais uma vez...Secretas!

Aparentemente, os computadores da Presidência do Conselho de Ministros (PCM), com uma intranet acessível a 700 funcionários, tem disponível uma lista que contem nome, foto e informações de 23 quadros do Serviço de Informações Estratégicas de Defesa (SIED). Mas que falha de segurança enorme!!!
O que realmente espanta é que ninguém sabe porque o PCM tem acesso à lista, quem a pediu, nada!
O Presidente do Conselho de Fiscalização, do qual já falei aqui, o deputado socialista Marques Junior desconhece completamente, segundo o próprio, esta questão! Mas andam a brincar com quem???
E neste caso, a identidade nem sequer pode ser falsa visto que, segundo a Lei Orgânica do SIED, pode ser dada a operacionais, mas neste caso estamos a falar de quadros da organização!
A promiscuidade continua...