17.2.09

Senhor Primeiro - Ministro, os eleitores não são parvos…

José Sócrates, mérito lhe seja reconhecido, é um humorista nato. O nosso Primeiro – Ministro não só tem uma especial vocação para o Marketing político, como, pasmem-se, ainda se dedica a essa arte tão nobre que é a comédia. Hoje considerou que a taxa média de desemprego de 7,6 por cento em 2008 tem de ser considerada como um número animador". Podia escrever dezenas de linhas sobre esta percentagem (que de animador tem muito pouco), mas, contas feitas, seria mais do mesmo, ou seja, estaria a “bater no ceguinho”. E, confesso, para o caso, não é o que mais me preocupa. O que realmente me deixa apreensivo é Sócrates afirmar Certamente nos dá ainda uma razão suplementar para continuar aquilo que devemos fazer: mais investimento público e mais oportunidades de emprego”. Bem sei que estamos em época eleitoral (informalmente, claro!), mas, mesmo assim, há limites. E querer transformar o Estado no motor da Economia é um desses limites. Com a agravante que tudo não passa de uma grande mentira (como se recordarão da promessa dos 150.000 postos de emprego). Ao Estado não compete criar emprego. Deve, isso sim, promover condições para que a iniciativa privada se encarregue dessa tarefa.

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