12.2.09

Da direita à esquerda em um apenas dia

Depois disto, eis que...
O líder do CDS-PP, Paulo Portas, defendeu hoje que as empresas que recebem "injecções de capital" do Estado devem dar garantias de que não despedirão trabalhadores.
E se o Estado, em vez da manutenção de postos de emprego, pedisse um aumento de produtividade como contrapartida? É claro que é mais fácil uma empresa comprometer-se a manter empregos do que a subir a produtividade. Mas a segunda parece-me mais importante para a empresa, para a economia e para o dinheiro dos contribuintes, do que a primeira.

Dessa forma, não se só se ajudava responsavelmente, como se conseguiria, de facto, contribuir para criar algum estímulo na economia. Para além de, quiçá, promover indirectamente a manutenção de postos de emprego.

Só em jeito de lembrança, acresce a isto que uma parte daquilo que o Estado se prepara para conceder às empresas, deixando-as ao sabor dos seus ditames, seria desnecessário no caso de não as ter tributado em sede de IRC.

3 comentários:

Uix disse...

Eu dou ajuda ao Estado com os meus impostos, vou exigir que sejam eficientes e que deixem de comprar bens a crédito (TVG até 2038)... e deixem o individuo decidir com liberdade onde quer investir a sua retenção. Hummm pronto lá estou eu a ser liberal!

MM disse...

No meu entender, o problema do aumento da produtividade é que as pessoas olham para ele como um fazer mais em absoluto, e não como um fazer o mesmo em menos tempo.

Embora semelhantes, encerram abordagens completamente diferentes.

Daniel Santos disse...

A intervenção do estado só deveria ser feita com extremo cuidado.

Teria de ser bem estudado o impacto que a empresa tinha ao nível do emprego e da região onde se encontra.