Em resposta a este post, o Rui Moreira insurge-se aqui contra alguns "estranhos reaccionários" (nos quais pareço estar incluído) porque ousaram questionar, não a eventual utilidade da educação sexual, mas o valor subjectivo que tal utilidade possui de aluno para aluno e de encarregado de educação para encarregado de educação, e que é triturada pela obrigatoriedade cega que reina no sistema de escola pública vigente, e que os socialistas, dogmaticamente, tendem a suportar, nomeadamente no caso da proposta em causa.
A ideia parece simples: o Rui Moreira acredita que as “Associações de Pais pelo país fora, que reiteram a necessidade de leccionar estes conteúdos” estão mais habilitadas a decidir a vida dos alunos do que os próprios ou os seus encarregados de educação. Como este argumento pode não ser suficiente para convencer a dita reacção, o Rui saca de um trunfo proveniente da sua aparente capacidade para elaborar generalizações grosseiras, tão típica da esquerda: diz que este é um anseio dos “estudantes de forma consensual: todos exigem Educação Sexual nas escolas”!
Aquilo que o Rui Moreira acaba, de facto, por fazer, é dar corpo ao princípio bem socialista de que o indivíduo é parvo para tomar as suas decisões e precisa da omnisciência do Estado para decidir por ele o que é melhor para a sua vida, atitude que é transversal na educação pública em Portugal.
O que esta reacção pretende é, na verdade, uma revolução na escola pública. Um modelo onde os alunos, os encarregados de educação e as escolas tenham liberdade de escolha (esse conceito tantas vezes esquecido lá para os lados da esquerda). Nomeadamente, liberdade das escolas para incluir (ou não) a Educação Sexual nos curricula, dos alunos e encarregados de educação para escolher uma escola em que ela seja (ou não) leccionada. Resultado: umas escolas teriam oferta de Educação Sexual, outras não; os pais e alunos que considerassem necessária essa oferta optariam pelas primeiras, os restantes pelas segundas.
Este é o mesmo princípio que se aplicaria a toda uma série de questões inerentes à escola pública, baseado em algo fundamental para mim. Chama-se liberdade, tão somente.
A ideia parece simples: o Rui Moreira acredita que as “Associações de Pais pelo país fora, que reiteram a necessidade de leccionar estes conteúdos” estão mais habilitadas a decidir a vida dos alunos do que os próprios ou os seus encarregados de educação. Como este argumento pode não ser suficiente para convencer a dita reacção, o Rui saca de um trunfo proveniente da sua aparente capacidade para elaborar generalizações grosseiras, tão típica da esquerda: diz que este é um anseio dos “estudantes de forma consensual: todos exigem Educação Sexual nas escolas”!
Aquilo que o Rui Moreira acaba, de facto, por fazer, é dar corpo ao princípio bem socialista de que o indivíduo é parvo para tomar as suas decisões e precisa da omnisciência do Estado para decidir por ele o que é melhor para a sua vida, atitude que é transversal na educação pública em Portugal.
O que esta reacção pretende é, na verdade, uma revolução na escola pública. Um modelo onde os alunos, os encarregados de educação e as escolas tenham liberdade de escolha (esse conceito tantas vezes esquecido lá para os lados da esquerda). Nomeadamente, liberdade das escolas para incluir (ou não) a Educação Sexual nos curricula, dos alunos e encarregados de educação para escolher uma escola em que ela seja (ou não) leccionada. Resultado: umas escolas teriam oferta de Educação Sexual, outras não; os pais e alunos que considerassem necessária essa oferta optariam pelas primeiras, os restantes pelas segundas.
Este é o mesmo princípio que se aplicaria a toda uma série de questões inerentes à escola pública, baseado em algo fundamental para mim. Chama-se liberdade, tão somente.
2 comentários:
Tiago, independentemente de partilhar do teu acertado ponto de vista apetece-me confidenciar que me ri bastante com esta frase: "princípio bem socialista de que o indivíduo é parvo para tomar as suas decisões e precisa da omnisciência do Estado para decidir por ele o que é melhor para a sua vida". Bem, o "parvo" é francamente delicioso! Penso que tocaste exactamente na ferida :)
Esta é uma das questões em que eu discordo dos dois lados. Não creio que os menores devam ser tratados como propriedade dos pais, ou como mera extensão da sua vida (e é isso que está pressuposto no eufemismo de que só os pais sabem o que é melhor para os seus filhos). Em parte são-no, mas há uma enorme esfera de individualidade que só padrões maiores de conduta paterna, definidos externamente, podem gerir.
Nem sempre os pais sabem o que é melhor para os seus filhos. Eu concordo que cada pessoa tem o direito de exercer a sua personalidade como melhor entender, mas aqui falamos da vida dos filhos, da sua personalidade. Havendo lacuna na voluntas dos menores, ela deve ser presumida, não pelos pais (que já têm um enorme poder ao gerir o seu dia-a-dia quotidiano), mas por uma colectividade, seja de que tipo for.
Cumprimentos
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